sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que é a JMJ?

JMJ: Um sonho do coração de Deus

Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.

São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.

A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.

O ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.

A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) - 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) - 1,5 milhão; em Denver (Estados Unidos – 1993) - 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1 milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões.

Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

Oração Oficial

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Amém!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CATEQUESE ESPECIAL AOS ACOLITOS

PAPA BENTO XVI
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 2 de Agosto de 2006
 
Catequese especial aos participantes da Peregrinação Europeia de Acólitos
Queridos irmãos e irmãs!
   
     Estou feliz porque a minha primeira Audiência depois das férias nos Alpes é com os Acólitos e saúdo com afecto cada um de vós. Agradeço ao Bispo Auxiliar de Basileia, D. Martin Gächter, as palavras com que, como Presidente do Coetus Internationalis Ministrantium, introduziu a Audiência, e agradeço o foulard, graças ao qual voltei a ser acólito. Há mais de setenta anos, em 1935, comecei como acólito um longo percurso por este caminho. Saúdo cordialmente o Cardeal Christoph Schönborn, que ontem celebrou para vós a Santa Missa, e os numerosos Bispos e Sacerdotes provenientes da Alemanha, da Áustria, da Suiça e da Hungria. A vós, queridos acólitos, desejo oferecer, brevemente, dado que faz muito calor, uma mensagem que vos possa acompanhar na vida e no serviço à Igreja. Por isso, desejo retomar o assunto que estou a tratar nas Audiências destes meses.
Talvez alguns de vós saibam que nas Audiências gerais de quarta-feira estou a apresentar as figuras dos Apóstolos: o primeiro foi Simão, ao qual o Senhor deu o nome de Pedro; seu irmão André; depois outros dois irmãos, São Tiago chamado "o maior", primeiro mártir entre os Apóstolos, e João, teólogo e evangelista; e depois Tiago, chamado "o menor". Penso continuar a apresentar cada um dos Apóstolos nas próximas Audiências, nas quais, por assim dizer, a Igreja se torna pessoal. Contudo, hoje detemo-nos sobre um tema comum: que tipo de pessoas eram os Apóstolos. Em breve, poderíamos dizer que eram "amigos" de Jesus. Ele mesmo os chamou assim na Última Ceia, dizendo-lhes: "Já não vos chamo servos... mas amigos" (cf. Jo 15, 15). Eles foram, e puderam ser, apóstolos e testemunhas de Cristo porque eram seus amigos, porque o conheciam a partir da outra amizade, porque estavam próximos dele. Estavam unidos por um vinculo de amor vivificado pelo Espírito Santo.

     Nesta perspectiva, podemos compreender o tema da vossa peregrinação: "Spiritus vivificat". É o Espírito, o Espírito Santo que vivifica. É ele que vivifica o vosso relacionamento com Jesus, de modo que não seja apenas exterior. "Sabemos que existiu e que está presente no Sacramento", e que faz com que se torne um relacionamento intimo, profundo, de amizade deveras pessoal, capaz de dar sentido à vida de cada um de vós. E dado que o conheceis, e que o conheceis na amizade, podeis testemunhá-lo e levá-lo às outras pessoas. Hoje, ao ver-vos aqui diante de mim na Praça de São Pedro, penso nos Apóstolos e sinto a voz de Jesus que diz: "Já não vos chamo servos... mas amigos. Permanecei no meu amor... e dareis muito fruto" (cf. Jo 15, 9.16). Eu convido-vos: ouvi esta voz! Cristo não disse isto só há dois mil anos; ele está vivo e continua a dize-lo a vós agora.
    Ouvi esta voz com grande disponibilidade; ele diz algo a cada um de vós. Talvez a alguns de vós diga: "desejo que me sirvas de modo especial como sacerdote, tornando-te assim minha testemunha, sendo meu amigo e introduzindo outros nesta amizade". Contudo, escutai com confiança a voz de Jesus. A vocação de cada um é diversa, mas Cristo deseja fazer amizade com todos, como fez com Simão, que chamou Pedro, com André, Tiago, João e com os outros Apóstolos. Ofereceu-vos a sua palavra e continua a oferece-la, para que conheçais a verdade, para que saibais qual é verdadeiramente a situação do homem, e por conseguinte, para que saibais como se deve viver de maneira justa, como se deve enfrentar a vida para que se torne verdadeira. Assim podereis ser, cada um a seu modo, seus discípulos e apóstolos.
     Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho. A vossa atitude recolhida, a vossa devoção que parte do coração e se exprime nos gestos, no canto, nas respostas: se o fizerdes do modo justo e sem distracções, de um modo qualquer, então o vosso é um testemunho que toca os homens. O vínculo de amizade com Jesus tem a sua fonte e o seu ápice na Eucaristia. Vós estais muito próximos de Jesus Eucaristia, e este é o maior sinal da sua amizade por cada um de nós. Não vos esqueçais disto; e por isso vos digo: não vos habitueis a este dom, para que não se torne uma espécie de hábito, sabendo como funciona e fazendo-o automaticamente, mas descobri todos os dias novamente que se realiza uma coisa grandiosa, que o Deus vivente está no meio de nós, e que podeis estar próximos dele e contribuir para que o seu mistério seja celebrado e alcance as pessoas.
    Se não cederdes ao hábito e desempenhardes o vosso serviço a partir do vosso intimo, então sereis verdadeiramente seus apóstolos e dareis frutos de bondade e de serviço em todos os âmbitos da vossa vida: na família, na escola, no tempo livre. Levai aquele amor que recebeis na Liturgia a todas as pessoas, especialmente onde vos aperceberdes que falta o amor, que não recebem bondade, que sofrem e estão sós. Com a força do Espírito Santo, procurai levar Jesus precisamente àquelas pessoas que são marginalizadas, que não são muito amadas, que tem problemas. Precisamente ali, deveis levar Jesus com a força do Espírito Santo. Assim aquele Pão, que vedes repartir no altar, será ainda partilhado e multiplicado, e vós, como os doze Apóstolos, ajudareis Jesus a distribui-lo entre o povo de hoje, nas diversas situações da vida. Assim, queridos acólitos, são estas as minhas últimas palavras para vós: sede sempre amigos de Cristo!

ORAÇÕES DO ACOLITO



ORAÇÃO DO ACÓLITO

Senhor, Pai e criador, infundi em nós teu Espírito transformador, para que, exercendo meu ministério, eu possa entender teu ministério.
Preserve-me sobre tua luz e rege-me o vosso Espírito. Em tudo que faço esteja presente a tua face, e que meu serviço seja para honra e glória de teu nome. Amém.


oração para os acólitos subirem ao altar

Senhor Deus, estou diante desse altar, altar de vosso sacrifício, peço-lhe que meu coração esteja pronto e puro e que minha mente esteja aberta para vossa palavra.
Que eu faça por merecer vossa confiança no exercício deste meu ministério, o qual me foi confiado. Acompanhe-me sempre.
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém.


ORAÇÃO A SÃO TARCÍSIO

Ó Santo mártir do Senhor, Tarcísio Acólito. Tão jovem abraçaste tua paixão pelo Reino. Foste mártir por ser santo e pequeno foste morto por tentar levar o conforto da Sagrada Eucaristia aos necessitados.
A vós clamamos ó Tarcísio pelos jovens deste mundo dão dilacerado. Olhai por nossos acólitos: para que pelo teu exemplo se apaixonem pela causa do Reino.
 Rogai por nós ó São Tarcísio e por nós intercedei junto a Deus, nosso Pai. Amém.

HISTORIA DE SÃO TARCISIO

Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
     Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sixto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
     Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Apia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.
Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.